domingo, 4 de maio de 2008
Serial Killer em Brasília I
Segredos do governo brasileiro que poucos sabem
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Você já deve ter se perguntado por que no Brasil nunca houve um serial killer. Pelo menos não na proporção que temos no restante do mundo, principalmente nos Estados Unidos. A verdade é que temos. E são muitos os casos. Por que não ficamos sabendo? Essa resposta você vai obter lendo a série de reportagens “Serial Killer de Brasília”, que só não foi parar na mídia por controle “governamental”, o qual começamos a explicar abaixo.
Sei que devem estar curiosos sobre o caso do matador em série na Capital Federal, mas antes precisamos falar sobre a SNI. É justamente por causa dela que as notícias de serial killers jamais vazam.
O Serviço Nacional de Informações foi criado em junho de 1964 para supervisionar e coordenar as atividades de informações e contra-informações no Brasil e exterior. Em função de sua criação, foram absorvidos o Serviço Federal de Informações e Contra-Informações (SFICI-1958) e a Junta Coordenadora de Informações (JCI-1959).
O chefe da SNI tinha status de ministro e seu poder de ação e decisão era enorme. O órgão absorvia informações provindas de todos os escritórios e agências, catalogando-as, processando-as, separando informes de informações, e enviando aos escritórios competentes para posterior utilização, ou arquivamento.
Havia escritórios espalhados por todo o país para coletar aos informes e informações e remetê-los às instâncias superiores, coordenavam ao trabalho dos agentes, cachorros e secretas.
“Cachorros” eram agentes não remunerados, funcionários públicos que obtinham cargos de confiança de Brasília em troca das informações que colhiam de seus colegas e parentes de seus colegas. Já os “secretas” eram agentes remunerados e treinados pelo SNI, em geral eram infiltrados nos mais diversos setores da administração pública e privada. Era comum a presença de secretas e cachorros em escolas, faculdades, universidades, empresas estatais e autarquias. Uns desconheciam a presença e atuação de outros, gerando assim um controle eficaz por parte do escritório central que reunia as informações e informes trazidos pelos dois grupos de agentes.
Algumas das atividades do SNI eram os grampos telefônicos, censura postal e investigações, contatos com a CIA, além da famosa Operação Condor. Muitos dos documentos coletados teriam desaparecido antes do desmonte do serviço.
O “desmonte”
Em 1990, no governo Collor, o SNI foi extinto e suas funções passaram a ser desempenhadas por outros órgãos, até a criação da Agência Brasileira de Inteligência, em 1999 – que hoje é apenas um órgão fiscalizador, formado por funcionários públicos comuns.
A verdadeira continua
A SNI, no entanto, ainda continua na ativa. Pode parecer conspiratório, mas traremos reportagens com indícios de que há no Brasil um órgão de agentes secretos com poderes quase que ilimitados e que, assim como na Ditadura, escondem diversas coisas que acontecem no País. Já era assim antes mesmo da extinção. O Governo acreditava que mantinha a SNI sob controle, quando, no entanto, apenas uma perna dela era conhecida. Por volta de 1972, um alto escalão do órgão resolveu que a “agência” (como era conhecida), trabalharia melhor se não estivesse sob a influência de nenhum setor do Governo, nem mesmo das Forças Armadas.
Grande parte dos agentes que hoje trabalham para a SNI foi dada como morta e possui hoje outra identidade.
Segundo nossas informações, os assassinatos em série acontecidos no Brasil são encobertos, pois, diante da cartilha da SNI (que decide o que é “melhor” para a população) tais fatos poderiam desencadear pânico em massa. O caso do “Maníaco do Parque” acabou vazando para a imprensa e, dado o nervosismo da população à época, não podemos negar que os agentes tinham certa razão. No entanto, a informação é direito de todos.
O fato é que obtivemos documentos de um dos casos mais escabrosos de assassinato em série no Brasil e revelaremos os detalhes aqui, em matérias futuras. O mais interessante é que o caso não foi resolvido e o assassino ainda pode estar solto no Distrito Federal. Bilhetes foram deixados para trás, pistas foram propositalmente escondidas. Provavelmente para ganhar espaço nos jornais. Mas nada disso, graças à SNI, foi colocado para a população.
J. Jameson
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