Segredos do governo brasileiro que poucos sabem.
Você já deve ter se perguntado por que no Brasil nunca houve um serial killer. Pelo menos não na proporção que temos no restante do mundo, principalmente nos Estados Unidos. A verdade é que temos. E são muitos os casos. Por que não ficamos sabendo? Essa resposta você vai obter lendo a série de reportagens “Serial Killer de Brasília”, que só não foi parar na mídia por controle “governamental”, o qual começamos a explicar abaixo.
Sei que devem estar curiosos sobre o caso do matador em série na Capital Federal, mas antes precisamos falar sobre a SNI. É justamente por causa dela que as notícias de serial killers jamais vazam.
O Serviço Nacional de Informações foi criado em junho de 1964 para supervisionar e coordenar as atividades de informações e contra-informações no Brasil e exterior. Em função de sua criação, foram absorvidos o Serviço Federal de Informações e Contra-Informações (SFICI-1958) e a Junta Coordenadora de Informações (JCI-1959).
O chefe da SNI tinha status de ministro e seu poder de ação e decisão era enorme. O órgão absorvia informações provindas de todos os escritórios e agências, catalogando-as, processando-as, separando informes de informações, e enviando aos escritórios competentes para posterior utilização, ou arquivamento.
Havia escritórios espalhados por todo o país para coletar aos informes e informações e remetê-los às instâncias superiores, coordenavam ao trabalho dos agentes, cachorros e secretas.
“Cachorros” eram agentes não remunerados, funcionários públicos que obtinham cargos de confiança de Brasília em troca das informações que colhiam de seus colegas e parentes de seus colegas. Já os “secretas” eram agentes remunerados e treinados pelo SNI, em geral eram infiltrados nos mais diversos setores da administração pública e privada. Era comum a presença de secretas e cachorros em escolas, faculdades, universidades, empresas estatais e autarquias. Uns desconheciam a presença e atuação de outros, gerando assim um controle eficaz por parte do escritório central que reunia as informações e informes trazidos pelos dois grupos de agentes.
Algumas das atividades do SNI eram os grampos telefônicos, censura postal e investigações, contatos com a CIA, além da famosa Operação Condor. Muitos dos documentos coletados teriam desaparecido antes do desmonte do serviço.
O “desmonte”Em 1990, no governo Collor, o SNI foi extinto e suas funções passaram a ser desempenhadas por outros órgãos, até a criação da Agência Brasileira de Inteligência, em 1999 – que hoje é apenas um órgão fiscalizador, formado por funcionários públicos comuns.
A verdadeira continuaA SNI, no entanto, ainda continua na ativa. Pode parecer conspiratório, mas traremos reportagens com indícios de que há no Brasil um órgão de agentes secretos com poderes quase que ilimitados e que, assim como na Ditadura, escondem diversas coisas que acontecem no País. Já era assim antes mesmo da extinção. O Governo acreditava que mantinha a SNI sob controle, quando, no entanto, apenas uma perna dela era conhecida. Por volta de 1972, um alto escalão do órgão resolveu que a “agência” (como era conhecida), trabalharia melhor se não estivesse sob a influência de nenhum setor do Governo, nem mesmo das Forças Armadas.
Grande parte dos agentes que hoje trabalham para a SNI foi dada como morta e possui hoje outra identidade.
Segundo nossas informações, os assassinatos em série acontecidos no Brasil são encobertos, pois, diante da cartilha da SNI (que decide o que é “melhor” para a população) tais fatos poderiam desencadear pânico em massa. O caso do “Maníaco do Parque” acabou vazando para a imprensa e, dado o nervosismo da população à época, não podemos negar que os agentes tinham certa razão. No entanto, a informação é direito de todos.
O fato é que obtivemos documentos de um dos casos mais escabrosos de assassinato em série no Brasil e revelaremos os detalhes aqui, em matérias futuras. O mais interessante é que o caso não foi resolvido e o assassino ainda pode estar solto no Distrito Federal. Bilhetes foram deixados para trás, pistas foram propositalmente escondidas. Provavelmente para ganhar espaço nos jornais. Mas nada disso, graças à SNI, foi colocado para a população.
J. Jameson